Alvorada de MinasatéItapanhoacanga

Logo no início do trecho o viajante se depara com uma subida relativamente íngreme de aproximadamente 2km, contudo, a paisagem que o espera ao final é compensatória, pois de lá é possível avistar, ao fundo, a Serra do Espinhaço e os povoados de Capelinha e Mato Grosso, consideradas paradas valiosas àqueles que se interessam por curiosidades, já que Capelinha só é povoada durante o Jubileu, ficando os outros dias completamente fantasma. A paisagem do alto da serra se mantém até a entrada pra Itaponhaganca, acompanhando e oferecendo ao turista paisagens paradisíacas.   O caminho muda logo após a entrada para o distrito de Itaponhaganca, tanto no quesito de estrada quanto de paisagem. O trecho é contemplado por uma fascinante mata bastante fechada e algumas fazendas centenárias de estilo colonial.   Já próximo do marco 312, conhecido como Duas Pontes, é quase obrigatório fazer uma parada para apreciar a deslumbrante paisagem.   O percurso termina no distrito de Itaponhaganca, que tem cerca de 1.700 moradores. O acolhedor local surgiu no século XVIII, a partir da exploração do ouro, entrando em declínio após seu esgotamento. Nos dias de hoje, o distrito tem muita história pra contar, principalmente aquelas relacionadas ao antigo período de riquezas da região e que se complementam pelas formosas igrejas, como a Igreja do Rosário e a de São José (tombada pelo IPHAN), na qual apresentam painéis em estilo rococó que são considerados uns das mais importantes obras da pintura colonial mineira.